Acho que eu fui a primeira pessoa que ele viu assim que chegou. E ele foi um dos muitos caras que eu vi naquele dia, naquele lugar. Eu já estava quase indo embora até porque deviam ser umas três horas brincando e eu já tinha superado uma crise de pânico de maneira muito heróica. Pois é, não tomo remédio e chego nos lugares procurando onde tem vento, onde é perto da saída, onde tem um segurança grandalhão e delicado o suficiente para me carregar no colo caso eu tenha uma dessas crises que me tiram de mim por alguns segundos. Só que começou a tocar Chico Buarque, que eu chamo de Chico, e eu consegui ludibriar essa minha loucura porque remédio bom é homem e se for de olhos ardósia e lindo, mesmo que em verso, mesmo que em música faz muito bem, obrigada. E aí ele chegou, depois que metade do pessoal já tinha ido embora e até a minha vaidade porque o cabelo já estava bagunçado e foda-se, tá todo mundo bêbado mesmo. Na hora que eu vi pensei que ele era muito bonito para estar ali, sozi...
Lírica Lesa Louca (e muito bonitinha)